O nome vulgar “polvo” está relacionado a quase 300 espécies que têm o corpo mole e são da ordem Octopoda.
Dessa forma, a ordem seria agrupada na classe Cephalopoda com lulas, chocos e nautilóides.
Portanto, prossiga a leitura e conheça algumas espécies de polvos, suas características parecidas e também as curiosidades.
Classificação:
- Nome científico – Callistoctopus macropus, Octopus cyanea, Vulcanoctopus hydrothermalis e Batinectes de Grimpoteuthis ou Grimpoteuthis bathynectes.
- Família – Octopodidae, Enteroctopodidae e Opisthoteuthidae.
Espécies de Polvo
Em primeiro lugar, devemos falar sobre o Callistoctopus macropus que tem por nome vulgar polvo de pintas brancas do Atlântico.
O comprimento máximo dos indivíduos é de 150 cm, tal como o primeiro par de braços tem cerca de 1 m, sendo mais longo do que os três pares restantes.
A cor é avermelhada e o animal tem algumas manchas claras em todo o corpo.
Como forma de proteção, a espécie tem um comportamento deimático, ou seja, é capaz de tornar a sua aparência ameaçadora para distrair um predador.
Por isso, é comum que os indivíduos da espécie fiquem com a cor mais intensa quando se sentem ameaçados.
Em segundo lugar, vale falar sobre a espécie Octopus cyanea que atende por polvo-diurno ou polvo-azul-grande.
A espécie vive nos oceanos Pacífico e Índico, desde o Havaí até a costa oriental da África e foi descrita no ano de 1849.
Desse modo, vive em recifes de coral e geralmente caça durante o dia.
O comprimento do corpo é de 80 cm e a espécie tem por diferencial a sua coloração, entenda:
Primeiro de tudo, o animal tem a capacidade de se camuflar, mudando de cor de acordo com o ambiente em que está.
Outro ponto interessante é que o polvo consegue mudar a textura de sua pele ou até mesmo os padrões.
Com isso, um pesquisador pôde notar que o bicho muda de aparência 1000 vezes em sete horas.
Portanto, tenha em mente que as mudanças na coloração são imediatas e feitas por cromatóforos sob controle direto do cérebro.
Demais espécies
Também é importante que você conheça o Vulcanoctopus hydrothermalis que seria um polvo bentônico natural de fontes hidrotermais.
Esta seria a única espécie do gênero Vulcanoctopus, conseguindo se diferenciar dos demais por conta da estrutura corporal.
Por exemplo, o animal não tem um saco de tinta porque o seu corpo é adaptado para viver no fundo do mar.
Os braços ventrais são mais curtos que os dorsais, bem como os braços da frente servem para tatear e detectar as presas.
Já os braços de trás são usados para a sustentação do peso e a movimentação para frente.
O comprimento total seria de 18 cm e a principal estratégia de defesa do animal é permanecer imóvel no local.
Por fim, há a espécie que tem dois nomes científicos: Batinectes de Grimpoteuthis ou Grimpoteuthis bathynectes.
Este seria o polvo-dumbo que vive em águas profundas, sendo listado em 1990 e apresentando uma cor alaranjada.
Os indivíduos possuem dois olhos e contam com um sugador para criar correntes de água que ajudam na alimentação.
Basicamente, o animal consegue trazer o alimento para mais perto do seu bico ou boca.
Por fim, os polvos têm características impressionantes como as manchas transparentes que ajudam a detectar a luz.
Características do Polvo
Falando de forma geral, entenda que os polvos têm lados simétricos com dois olhos e um bico, além de a boca ficar no centro dos oito braços.
O corpo seria mole, sem nenhum esqueleto interno ou externo, permitindo que os indivíduos mudem a sua forma e consigam se espremer através de fendas pequenas.
Além disso, o animal tem o sifão que é usado para a respiração ou locomoção, ao expelir um jato d’água.
Nesse sentido, é interessante falar como os indivíduos se movem:
Primeiro de tudo, eles rastejam devagar em locais com a superfície macia e sólida, somente quando não estão com pressa.
Por isso, enquanto rasteja, a frequência cardíaca do animal duplica, sendo essencial que ele descanse durante 10 ou 15 minutos para se recuperar.
Alguns também podem nadar de cabeça para baixo e o nado de costas representa o meio mais rápido de movimentação.
Outra característica interessante das espécies seria a expectativa de vida curta.
Para que você tenha noção, alguns polvos vivem somente seis meses e a espécie com maior expectativa de vida alcança 5 anos de idade, que seria o polvo gigante do pacífico.
Dessa forma, muitos especialistas acreditam que o período de vida diminui de acordo com a reprodução.
Como resultado, as mães morrem depois que ocorre a eclosão dos ovos e os machos vivem somente alguns meses após o acasalamento.
Mas, há exceções porque o polvo listrado do Pacífico tem a capacidade de se reproduzir diversas vezes, além de viver mais de 2 anos de idade.
Além disso, a espécie é famosa por sua inteligência.
O animal tem macroneurônios, tornando-se o mais desenvolvido dentre os invertebrados.
Como resultado, eles desenvolveram grande inteligência ao longo dos anos, em especial para fugir de seus predadores.
Reprodução do Polvo
A reprodução das espécies ocorre quando o macho usa o seu braço (hectocotylus) para transferir espermatóforos para a cavidade do manto da fêmea.
Quando consideramos um polvo bentônico, o hectocotylus seria o terceiro braço direito que conta com uma depressão em forma de colher.
Neste braço também é possível observar diferentes ventosas próximo da ponta.
Portanto, depois de 40 dias do acasalamento, a fêmea prende os ovos na saliência ou em fendas de rochas.
A quantidade de ovos varia entre 10 e 70 mil, sendo que geralmente eles têm um tamanho pequeno.
Dessa forma, os ovos ficam guardados por 5 meses, momento em que fêmea os areja e mantém limpos até que venham eclodir.
No entanto, é interessante falar que os ovos podem demorar até 10 meses para eclodir, principalmente em águas frias como as do Alasca.
Caso a mãe não tenha o cuidado adequado com os ovos, é possível que eles não eclodam.
E por não conseguir sair para se alimentar, a fêmea morre logo após a eclosão dos ovos.
Os polvos eclodem como paralarvas e ficam planctônicos durante semanas ou meses, algo que depende da temperatura da água.
Alimentação
O Polvo é um predador que come os vermes poliquetas, búzio, marisco, diversas espécies de peixes, camarões e caranguejos.
As espécies rejeitam presas como os caracóis lunares, tendo em vista que são grandes.
E por serem difíceis de capturar, tendo em vista que conseguem se fixar na rocha, os polvos evitam presas como vieiras e lapas.
Como estratégia, o animal pode saltar sobre a vítima e logo puxá-la com o uso dos braços até a boca.
Além disso, o polvo usa a sua saliva tóxica capaz de paralisar seres vivos, para que depois use o bico a fim de cortar o corpo da presa.
Outro exemplo de método de alimentação seria engolir a presa inteira.
Por fim, alguns indivíduos do gênero Stauroteuthis de águas profundas, contam com um órgão que emite luz e tem por nome “fotóforo”.
Este órgão fica no lugar das células musculares que controlam as ventosas e seria responsável por atrair as presas até a boca do polvo.
Curiosidades
Falando inicialmente sobre os predadores de polvos, entenda alguns exemplos:
Ser humano, peixes, lontras marinhas, cetáceos como a baleia franca, cefalópodes e pinípedes, que seriam os mamíferos aquáticos.
Por esse motivo, as espécies devem desenvolver boas estratégias para fugir ou se esconder.
A camuflagem seria uma destas estratégias, bem como o mimetismo.
Aliás, vale falar sobre o aposematismo que seria a mudança na cor e o comportamento demático.
Os indivíduos também podem ficar na toca durante um longo período, visto que passam cerca de 40% de seu tempo escondidos.
É importante falar que dependendo da espécie, dá para observar uma estratégia diferente.
Por exemplo, o polvo de pintas brancas do Atlântico muda a sua cor para vermelho acastanhado brilhante quando se sente ameaçado.
Também é possível ver manchas brancas ovais.
Como estratégia final, o animal estica os braços para que venha se tornar maior e o mais ameaçador possível.
Por fim, um método muito usado seria distrair um predador com o uso de uma nuvem de tinta.
Sendo assim, muitos especialistas afirmam que a tinta reduz a eficiência dos órgãos olfativos, dificultando a caça de predadores como o tubarão galha preta.
E todas as estratégias são usadas para que os predadores confundam o polvo com outro grupo de organismos.
Onde encontrar o Polvo
O Polvo vive em diversos locais do oceano como as águas pelágicas, fundo do mar e recifes de coral.
Dessa forma, alguns estão em grandes profundidades que chegam a até 4.000 m, além de outras espécies habitarem zonas entremarés.
Portanto, os polvos estão em todos os oceanos e as espécies conseguem se adaptar em diferentes habitats.
De forma específica, o C. macropus vive em locais rasos do Mar Mediterrâneo, além das regiões mais quentes do oeste e leste do Oceano Atlântico.
Outros lugares comuns para ver o animal ficam no Indo-Pacífico e também no Mar do Caribe.
A profundidade máxima é de 17 m e os indivíduos preferem a areia, podendo até ficar enterrados.
Também vivem em prados de ervas marinhas e cascalho.
O O. cyanea também está no Indo-Pacífico, tendo preferência por recifes e águas rasas.
Por isso, a espécie foi vista em algumas regiões interessantes como o sudeste da Ásia e também no Madagascar.
Já as informações de distribuição do V. hydrothermalis são poucas.
Mas, alguns cientistas indicam que o animal vive em especial, no Oceano Pacífico.
E por fim, o Grimpoteuthis bathynectes está em todos os oceanos.
Inclusive, saiba que muitos especialistas acreditam que a espécie viva no fundo de todos os oceanos do mundo em uma profundidade entre 3.000 e 4.000 m.
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Informações sobre o Polvo no Wikipédia
Veja também: Jacaré Açu: Onde vive, tamanho, informações e curiosidades da espécie
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