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Peixe Poraquê: curiosidades, onde encontrar e boas dicas para pesca

por Otávio Vieira

O Peixe Poraquê também pode ter por nome vulgar “peixe elétrico” e não é de uma espécie recomendada a ser mantida por aquaristas.

Isso ocorre porque a manutenção do peixe é muito complexa e perigosa, por isso, a única indicação é que ele seja criado em aquários públicos. E para esse tipo de criação, é importante que o bicho esteja em um aquário mono espécie, isto é, seja criado de maneira individual.

Peixe Poraquê ou cientificamente Electrophorus electricus, ocupa as partes do nordeste da América do Sul. Isto inclui as Guianas e Rio Orinoco, bem como o baixo Amazonas. O Poraquê habita principalmente nos fundos lodosos dos rios e, ocasionalmente, pântanos, preferindo áreas profundamente sombreadas. No entanto, eles sobem a superfície com frequência, porque eles são respiradores de ar, obtendo até 80% oxigênio através deste método. Esta característica permite que poraquê sobreviva confortavelmente em água que tem uma baixa concentração de oxigênio dissolvido.

A enguia elétrica é um peixe de forma alongada e cilíndrica. Pode se adaptar a qualquer habitat. Por isso é normal encontrá-lo tanto em águas salgadas como em águas doces.

A enguia elétrica caracteriza-se por emitir eletricidade, cerca de 900 volts, através de um conjunto de células especializadas. Essa função é exercida para se proteger de seus agressores ou para encontrar comida.

A criação individual é indicada porque ele pode se alimentar de peixes maiores ou matar espécies de grande porte. Por esse motivo, ao decorrer do conteúdo você poderá saber mais sobre este animal predador.

Classificação:

  • Nome científico: Electrophorus electricus;
  • Família: Gymnotidae;
  • Classificação: Vertebrados / Peixes
  • Reprodução: Ovípara
  • Alimentando: Carnívoro
  • Habitat: Água
  • Ordem: Gymnotiformes
  • Gênero: Eletróforo
  • Longevidade: 12 – 22 anos
  • Tamanho: 2 – 2,5m
  • Peso: 15 – 20kg

Características do peixe Poraquê

Além de Peixe Elétrico e Peixe Poraquê, o animal também tem por nome vulgar Enguia Elétrica, Pixundé, Puraquê, Puxundu, Muçum-de-orelha e Treme-Treme. Na língua inglesa, recebe o nome de Electric eel.

Poraquê não são realmente enguias, eles são realmente ostariophysians, mas têm uma forte semelhança física com enguias. O corpo é longo como a cobra, sem barbatanas caudal, dorsal e pélvica. O corpo pode medir até 2,5 metros. Eles também têm uma barbatana anal extremamente alongada, que é utilizada como um meio de locomoção.

É de forma cilíndrica, com uma cabeça ligeiramente achatada e boca grande. Os órgãos vitais para os peixes estão todos na porção anterior do corpo e apenas ocupam cerca de 20 por cento do peixe. A porção posterior do corpo contém os órgãos elétricos. Eles têm brânquias, embora não seja sua principal fonte de consumo de oxigênio.

A pele grossa, viscosa cobre todo o corpo. A pele é usada como uma camada protetora, muitas vezes da própria corrente elétrica, que é produzida. O poraquê ter coloração que vai do cinza ao marrom, com alguma coloração amarelada na parte ventral anterior do corpo.

O desenvolvimento dos órgãos elétricos do Poraquê acontece logo após o nascimento. Fortes órgãos elétricos não se desenvolvem até que o peixe tenha aproximadamente 40 mm.

O Peixe Poraquê é um animal elétrico que pode produzir descargas para matar até um cavalo

Peixe Poraquê

Mais informações sobre o Peixe-elétrico

A Peixe-elétrico, enquanto peixe da selva, apresenta características que lhe permitem ser facilmente diferenciadas.

A Peixe-elétrico é caracterizada por seu corpo longo e cilíndrico. Faltam barbatanas de peixes comuns, como barbatanas caudal, dorsal e pélvica. Mas tem uma nadadeira anal alongada que se desenvolve até a ponta da cauda. Em todo o abdômen está: um sistema nervoso, um órgão elétrico, acoplado a células que causam eletricidade em todo o corpo.

O tamanho das enguias varia de acordo com a espécie, podendo medir mais de 2,5 metros de comprimento e pesar mais de 20 quilos.

Este peixe da selva é diferente de outros peixes. Este peixe não possui barbatana caudal e barbatana dorsal. Os movimentos são produzidos por sua nadadeira anal, essa se apresenta de forma alongada. Por meio desta barbatana permite o movimento. É assim que ocorre o movimento e o deslocamento da Peixe-elétrico através de sua longa cauda.

Apresenta cabeça achatada, boca grande e seus dois olhos pequenos, não têm boa visão. Com um bom olfato. Tem brânquias, um órgão respiratório. Eles vêm à superfície, respiram ar e voltam ao fundo da água com oxigênio.

Tem escamas microscópicas, mas são cobertas de muco, é muito escorregadio. Esse muco permite que você fique fora da água, facilita a respiração pela pele. Sua pele é dura e pegajosa, a cor da pele depende da espécie.

A Peixe-elétrico se comporta de maneira diferente dos outros peixes da selva, caracteriza-se por produzir eletricidade. Este peixe possui órgãos que lhe permitem gerar eletricidade de baixa e alta tensão. Esse comportamento de choque elétrico é usado para descobrir e obter comida e para autodefesa.

Já parou para pensar como um peixe pode ser elétrico?

Nós humanos também temos eletricidade nossos corpos. Nossos músculos geram eletricidade quando são contraídos, toda vez que entra e sai e íons nossas células.

A diferença é que esses peixes têm um órgão próprio para produzir eletricidade, que se chama órgão elétrico. Usa essa eletricidade para alguns fins como por exemplo: abate de presas ou auto defesa.

Cada vez que esse órgão é contraído, as suas células que são chamadas de eletrócitos, produzem uma pequena descarga de 120 milésimos de volt, cada uma. Ou seja, o órgão tem milhares de eletrócitos e assim todos eles vão gerar 120 mil volts cada.

A principal característica deste peixe seria a sua capacidade de geração elétrica que pode variar entre 300 volts (0,5 amperes) e 860 volts (3 amperes).

Conhecida por sua capacidade de gerar correntes elétricas muito fortes. E é daí que vem o significado do seu principal nome vulgar, um termo da língua tupi que representa “o que entorpece” ou “o que faz dormir”.

Quanto às características corporais, o Peixe Poraquê não tem escamas, tem o corpo alongado e cilíndrico, além de ser semelhante à espécie enguia.

Seu órgão eléctrico é tão grande que ocupa 4/5 do seu corpo, ou seja, é um órgão elétrico com cabeça.

A boca tem dentes afiados e sua cabeça é achatada. O peixe não possui nadadeiras caudais, ventais e a dorsal. Já as nadadeiras presentes em seu corpo são as peitorais pequenas e a anal longa que percorre a extensão do abdome.

Com relação à coloração, o bicho é negro próximo a cor de chocolate-escuro, mas sua parte ventral é amarela. Pode haver também algumas manchas amarelas, branco-sujo ou vermelhas. Por fim, alcança 2,5 m de comprimento total, pesa cerca de 20 kg e não é a única espécie de peixe elétrico.

Como acontece o processo de descarga elétrica

Esse processo começa quando a Peixe-elétrico se sente ameaçada ou em busca de sua presa. Este animal começa a liberar uma substância chamada acetilcolina que vai diretamente para as células elétricas que abrigam seu corpo, a acetilcolina é o principal condutor de eletricidade, permitindo que cada um dos elétrons circule para os lugares que são necessários.

Posteriormente, realiza choques elétricos que servem para se defender de possíveis ameaças ou predadores. Todos esses elétrons sozinhos podem produzir 0,15 volts, mas quando se encontram ou se juntam são capazes de exercer uma carga elétrica de até 600 volts.

Tipos de Peixe-elétrico

Das enguias elétricas, pode-se dizer que existem diferentes tipos de enguias, das quais citaremos algumas:

Enguia comum ou enguia europeia (Anguilla anguilla)

Eles vivem muitos anos, não têm espinhos nas nadadeiras. Eles viajam para o Mar dos Sargaços para se reproduzir. É muito procurada para comercialização, utilizada como alimento para o homem.

Enguia de nadadeiras curtas (Anguilla bicolor bicolor)

A fêmea é geralmente maior que os machos. Eles têm duas pequenas barbatanas em suas cabeças. Eles migram e quando em contato com a água doce sofrem metamorfose.

Enguia manchada gigante (Anguilla marmorata)

Sua cabeça é arredondada. Possui dentes pequenos e anilhados, os maiores da espécie. Eles passam a vida adulta em água doce, migrando para o oceano para se reproduzir.

Como ocorre a reprodução do peixe Poraquê

A reprodução do Peixe Poraquê acontece no período de seca. Neste momento, o macho faz um ninho com sua saliva em um local bem escondido e a fêmea deposita os ovos. Os machos defendem o seu ninho e os filhotes vigorosamente.

A fêmea coloca no local de 3 mil a 17 mil ovos e aparentemente, o casal não protege a prole. A espécie também pode apresentar dimorfismo sexual porque as fêmeas têm um tamanho maior e são mais encorpadas.

A vida útil do poraquê na natureza é desconhecida. Em cativeiro os machos vivem entre 10 e 15 anos, enquanto as fêmeas costumam sobreviver entre 12 e 22 anos.

As enguias elétricas são animais ovíparos de fecundação externa. Primeiro o macho cria um ninho usando saliva e depois a fêmea fertiliza os ovos nele. O macho, após a fecundação, libera os espermatozoides sobre elas.

O acasalamento desse peixe exótico acontece nas épocas secas do ano. Depois que a fêmea põe seus ovos no ninho feito pela saliva do macho. Põe aproximadamente 17.000 ovos.

O nascimento desses libera cerca de 3,00 filhotes que ficam a cargo do pai até crescerem e poderem se defender.

O órgão responsável por promover choques elétricos, tem papel importante na busca e seleção de um parceiro. As fêmeas vivem até 12 anos enquanto os machos até 9, mas bem cuidados e alimentados podem viver até mais de 20 anos.

Alimentação: o que come a enguia

Esta é uma espécie carnívora que come peixes pequenos, mamíferos, insetos e invertebrados aquáticos ou terrestres.

Por outro lado, quando falamos da alimentação em cativeiro, o Peixe Poraquê aceita alimentos vivos e filés de peixe. Dificilmente o bicho come alimentos secos.

E um grande diferencial do Poraquê é que ele captura suas presas usando descargas elétricas. Sendo assim, o animal tem a capacidade de produzir descargas elétricas em tensão variada. Isso porque a tensão pode depender do tamanho do animal que pretende capturar.

Ele também pode aumentar a tensão da descarga caso se sinta ameaçado por algum predador, por esse motivo, quando criado em aquário, deve estar sozinho.

Ela se alimenta de acordo com seu tamanho e onde está. Eles podem comer diferentes tipos de animais, como vermes, moluscos, larvas de insetos, crustáceos, pequenos peixes, ovas de peixes, algum tipo de alga, anfíbios, pássaros, caranguejos, camarões. Sua dieta é variada. Para buscar comida utiliza eletricidade, com ela detecta a posição da presa.

Peixe-elétrico

Curiosidades sobre a espécie

De certo, a principal curiosidade do Peixe Poraquê seria a capacidade de produzir descargas elétricas elevadas. Para que você tenha noção, as descargas elétricas são tão altas que podem matar até um cavalo. Portanto, a espécie foi descoberta há pouco tempo e impressiona pesquisadores de todo o mundo.

E de acordo com alguns estudos, as descargas são feitas por células musculares especiais e cada uma destas células consegue gerar um potencial elétrico de 0,14 volt. Assim, as células ficam na cauda.

E um ponto interessante é que cada adulto tem de 2 mil a 10 mil eletroplacas que seriam o conjunto do eletrócito (órgão elétrico do peixe). A quantidade de eletroplacas depende do tamanho do peixe e elas ficam dispostas em série, podendo ser ativas de forma simultânea.

Em outras palavras, as eletroplacas são ativadas no momento em que o peixe fica agitado. Essa agitação pode ocorre porque ele pretende capturar outra espécie ou se defender de um predador.

Após liberar a descarga elétrica, o Peixe Poraquê não sofre nenhum dano. Isso ocorre porque o animal tem um corpo adaptado e isolado. E como já foi dito acima, esta espécie não é a única que possui tal capacidade.

A arraia-elétrica que pode estar nos mares tropicais ou o bagre do Rio Nilo, são animais que têm a capacidade de produzir descargas elétricas.

O Poraquê têm muito pouco valor econômico para os humanos. Ocasionalmente, eles são comidos por habitantes da região amazônica, porém são geralmente evitados devido aos choques elétricos que podem ser dados até oito horas após a morte.

Comportamento do Peixe-elétrico

Embora os Poraquês têm o potencial de serem animais bastante agressivos, eles não são. Eles realmente só usam suas fortes descargas elétricas para fins defensivos. Isto é especialmente importante por causa de sua deficiência visual. Eles são animais de hábitos noturnos que vivem em águas escuras. Os poraquês tendem a permanecer relativamente rígidas, a fim de utilizar plenamente as suas capacidades elétricas. Eles têm uma carga positiva perto da cabeça, enquanto a cauda é negativa.

Quando o Poraquê encontra sua presa ele vai utilizar uma corrente elétrica forte para atordoar a presa. O choque em si não mata a presa, só atordoa. Uma vez que eles não tem dentes na maxila, eles abrem a boca e sugam o peixe, o que lhes permite comer a presa com facilidade.

Habitat: onde encontrar o peixe Poraquê

Em geral, o Peixe Poraquê é nativo da Bacia Amazônica e por isso, está nos rios Amazonas, Madeira e Orinoco. O bicho também está em rios de quase toda a América do Sul e em nosso país, pode estar em Estados como Rondônia e Mato Grosso.

Outros países que abrigam a espécie também podem ser a Venezuela, Suriname, Peru, Guiana Francesa e Guiana. Por esse motivo, habita os lagos e rios que possuam o fundo lodoso e uma água calma.

Os ambientes lêntico que são pobres em oxigênio, bem como as águas aradas de pântanos, afluentes e riachos, também podem servir de lar para o animal.

Este animal, apesar de ser um peixe da selva, é capaz de se adaptar ao habitat ou ambiente em que vive. Eles têm a capacidade de regular a própria temperatura corporal, dependendo do calor da água em que se encontram. Eles vivem em água doce ou salgada, rios, pântanos e lagoas. Eles podem ser arrastados em terrenos completamente secos.

Predadores e situação de risco da Peixe-elétrico

O primeiro predador das enguias de água doce é o homem. Além disso, eles são comidos por enguias maiores, peixes e pássaros quando migram para a água doce. Outros predadores incluem o tubarão-sardo, mamíferos que se alimentam de peixes, como guaxinins, lontras e outros animais da selva. O parasita nematóide, Anguillicola crassus, entra no corpo do peixe.

A pesca excessiva na foz dos rios faz com que as espécies diminuam, razão pela qual não conseguem se reproduzir. Além disso, há a construção de barragens nos rios, que os impedem de realizar suas rotas migratórias. Isso causa alta mortalidade, já que muitos morrem nas turbinas.

A poluição, a perda de áreas úmidas e as mudanças climáticas também são ameaças potenciais à espécie.

Dicas para pesca do peixe Poraquê

Com relação à pescaria, saiba que o animal é sedentário e tem hábitos noturnos. No entanto, não há muitas dicas de pesca porque essa espécie de fato é perigosa e o pescador precisa ser muito experiente.

Informações sobre o Peixe-poraquê no Wikipédia

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Veja também: Peixe-lagarto: reprodução, características, habitat e alimentação

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