Pavãozinho-do-pará, pavão-papa-moscas, pavão-do-pará, pavão, pavão-da-várzea e papa-moscas são nomes vulgares de uma espécie neotropical que foi catalogada no ano de 1781, por Peter Simon Pallas.
Já o seu nome vulgar na língua inglesa é de sunbittern, que significa alcaravão do sol, tal como, em castelhano, ave sol ou garza del sol.
Conforme a União Internacional para a Conservação da Natureza, os indivíduos estão em uma situação pouco preocupante de extinção. Vamos entender mais detalhes a seguir:
Classificação:
- Nome científico – Eurypyga helias;
- Família – Eurypygidae.
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Subespécies de Pavãozinho-do-pará
Há 3 subespécies, sendo que a primeira tem por nome E. helias e foi listada em 1781.
Os indivíduos vivem desde a Colômbia até a Venezuela, incluindo as Guianas e as regiões centro-oeste e norte do Brasil.
Também devemos citar o leste da Bolívia.
Como diferencial quanto às características corporais, saiba que o bico é mais fino, além de a parte traseira ter um barrado com faixas na cor creme.
Além disso, catalogada em 1844, temos a subespécie E. helias major que está no extremo sul do México e Guatemala, até os locais que ficam ao oeste do Equador.
Das três subespécies, esta é a que tem o bico mais robusto e as partes superiores são cinza, contando com faixas pretas e estreitas.
Por fim, a E. helias meridionalis, de 1902, ocorre na parte central e sul do Peru, em especial, nas cidades de Cusco e Junín.
As cores dos tarsos e do bico são mais brilhantes, bem como as partes superiores mais cinzentas e os indivíduos são menos barrados na parte de cima.
Características do Pavãozinho-do-pará
O Pavãozinho-do-pará tem 48 cm de comprimento e o adulto conta com um pescoço fino e longo.
Aliás, a parte de trás do corpo e a cauda são bastante longas, tal como a cabeça dos indivíduos é preta e tem listra superciliar branca.
A garganta é branca e se estende até a parte frontal do pescoço, do centro do peito e da barriga.
Isso faz com que a garganta também tenha um tom de creme, além de ser salpicada com marrom e preto.
A parte de cima das asas é branca e quando o animal as estende, podemos observar um padrão formado pelas cores, preta, castanha e dourada, o mesmo tipo de padrão que é visto na faixa que fica na ponta das asas.
A parte posterior do corpo (rabadilha) e a lateral do pescoço têm barras de cor creme ou preto, barrado este que tornando-se mais leve ao longo dos flancos e mais denso nas costas.
Por outro lado, as íris têm um tom avermelhado, ao mesmo tempo em que as pálpebras são amareladas.
Geralmente o bico é pontudo e longo, bem como a maxila tem a cor preta ou castanha.
Já a mandíbula é alaranjada, a pele da parte superior dos dedos e dos pés é marrom, bem como os tarsos são de cor laranja intenso.
Portanto, os jovens têm o mesmo padrão de cor dos adultos.
Não há dimorfismo sexual, por isso, é difícil diferenciar machos de fêmeas.
Reprodução do Pavãozinho-do-pará
O Pavãozinho-do-pará constrói o seu ninho próximo à água, em ramagem, sendo que tem o formato de uma tigela rasa.
Os principais materiais para a criação do ninho são as raízes molhadas na lama, folhas e fibras.
Por isso, a fêmea coloca até 2 ovos grandes que tem a cor amarelada e algumas pintinhas cinzas ou castanhas.
É necessário que os ovos sejam chocados de 26 a 27 dias, sendo que neste período os pais também devem afastar os predadores por meio de exibições ameaçadoras.
A ave também pode sibilar para as cobras, que seria o ato de produzir um som agudo e contínuo, a fim de afastá-las.
Esticar a cauda e as asas, bem como fingir que está ferida, são estratégias para afastar os predadores.
Dessa forma, os pequenos nascem emplumados e treinam a postura de asas abertas a partir da segunda semana de vida.
Alimentação
A ave come crustáceos, insetos, rãs e alguma espécie de peixes de pequeno porte.
Nesse sentido, as presas são caçadas por meio de movimentos zigue zague com a cabeça, sendo pegas através de botes rápidos.
Embuás ou piolhos-de-cobra são artrópodes que também fazem parte da alimentação.
Alguns de seus nomes vulgares (pavão-papa-moscas ou papa-moscas), vêm do seu jeito diferenciado de caçar as moscas.
Assim, o animal pousa em troncos caídos na água, galhos, solo ou pedras e faz movimentos suaves de vaivém lateral.
Estes são movimentos aprendidos no ninho.
Curiosidades
Em primeiro lugar, podemos falar sobre os hábitos do Pavãozinho-do-pará:
Os indivíduos vivem em beiras de rios e igarapés no interior da floresta densa e emaranhados de vegetação à beira d’água.
Dessa forma, são solitários ou vivem somente em pares, andando de forma lenta sobre a margem do solo úmido, entrando na água raramente.
É uma ave tem um voo silencioso e baixo, bem como, canta no início da manhã e também no final da tarde.
Por isso, a vocalização tem um trinado como um “rrrrrrü” ou “iu-rrrrrü”, de timbre similar ao do inhambu-pixuna.
Também pode emitir um sibilante e estranho “tschurrrrra”, um forte “ia”, um crocitar e um estalo “klak”.
Além disso, conforme dito na introdução, a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), enxerga a ave em uma situação pouco preocupante de extinção.
Isso ocorre porque as populações estão bem distribuídas geograficamente, tornando-se menos suscetíveis ao impacto humano.
Também é fundamental que você saiba que a ave é semi doméstica, sendo fácil de amansar.
Os indivíduos também se adaptam bem em cativeiro.
Onde encontrar o Pavãozinho-do-pará
O Pavãozinho-do-pará está presente em regiões da América do Norte, sendo que podemos destacar o México.
Aliás, vive em grande parte da Amazônia brasileira, estendendo-se em direção sul até Goiás e Mato Grosso do Sul, além dos locais que ficam no nordeste do Brasil, até o Piauí.
Peru, Equador, Bolívia, Uruguai, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa e Argentina também são países que abrigam a espécie.
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Informações sobre o Pavãozinho do Pará no Wikipédia
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