A ariranha também é famosa pelos nomes vulgares onça-d’água, lobo-do-rio e lontra-gigante.
Este é um mamífero mustelídeo, o que significa que é carnívoro, bem como tem uma cauda comprida e corpo alongado.
Inclusive, a espécie é da bacia do Rio Amazonas e do Pantanal, sendo comum na América do Sul.
Classificação:
- Nome científico – Pteronura brasiliensis;
- Família – Mustelidae.
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Características da Ariranha
A ariranha é a maior espécie da subfamília Lutrinae porque pode medir 2 metros de comprimento total, dos quais 65 cm compõem a cauda.
No entanto, o comprimento padrão dos machos varia entre 1,5 e 1,8 m e a massa de 32 a 45,3 kg.
Elas medem de 1,5 a 1,7 m e alcançam somente entre 22 e 26 kg de massa.
Os olhos são grandes, orelhas arredondadas e pequenas, assim como as patas são espessas e curtas.
Além disso, as ariranhas possuem uma cauda achatada e comprida, como também os dedos das patas são unidos por membranas interdigitais.
A última característica garante que o animal nade facilmente.
Há uma pelagem espessa que tem a cor negra e textura aveludada em grande parte do corpo.
Mas, na parte da garganta, podemos notar uma mancha clara.
Com relação ao estado de conservação da espécie, entenda que as ariranhas são ameaçadas por conta da destruição e desmatamento do habitat natural.
Assim, a poluição de rios por agrotóxicos e resíduos industriais como o mercúrio, podem causar a extinção do animal.
E isso ocorre principalmente porque as lontras comem peixes contaminados por metais.
Outro ponto que afeta muito a espécie seria a caça comercial.
De modo geral, a pele dos indivíduos é retirada para fazer chapéus e casacos que são vendidos na Europa e nos Estados Unidos.
Reprodução da Ariranha
A gestação da ariranha dura de 65 a 72 dias e somente a fêmea dominante do grupo se reproduz.
Sendo assim, no começo da estação seca, a mãe dá à luz de 1 a 5 filhotes que devem ficar dentro da toca durante os 3 primeiros meses de vida.
Por esse motivo, os filhotes observados no Parque Estadual do Cantão, saíram da toca nos meses de outubro e novembro.
Este é o momento de auge da seca, em que os lagos ficam rasos e os peixes estão reunidos, servindo de presa fácil.
Uma característica interessante é que os integrantes do grupo ajudam no cuidado com os filhotes, capturando peixes para alimentá-los.
Isso é necessário até que os filhotes aprendam a caçar por si próprios.
A permanência no grupo ocorre até que os filhotes cresçam e finalmente fiquem maduros sexualmente, com no máximo 3 anos de vida.
Logo em seguida, os indivíduos deixam o seu grupo para sair em busca de novos indivíduos para formar um grupo próprio.
Portanto, saiba que os primeiros resultados de reprodução em cativeiro foram feitos pela Fundação Zoológico de Brasília.
Além disso, conforme um estudo feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), a expectativa de vida para a espécie é de 20 anos.
Alimentação
A ariranha come peixes caracídeos como a piranha e a traíra.
Dessa forma, há grupos de caças com até dez indivíduos que comem o alimento com a cabeça fora d’água, nadando para trás.
Caso a área tenha pouco peixe para a alimentação, os grupos podem caçar jacarés de pequeno porte ou até mesmo as cobras.
Portanto, caso as ariranhas adultas vivam no seu habitat natural, elas representam predadores de topo da cadeia alimentar.
Curiosidades
Uma curiosidade sobre a espécie pode ser o ataque aos seres humanos.
Acredita-se que os ataques são raros, mas os poucos que ocorrem podem ser fatais.
Por exemplo, em 1977, animais da espécie atacaram o sargento Silvio Delmar Hollenbach, no Jardim Zoológico de Brasília.
O sargento salvou um menino que caiu no recinto das ariranhas, mas dias depois morreu de uma infecção generalizada causada pelas inúmeras mordidas.
Sendo assim, nota-se que a vítima teve que entrar no recinto dos animais e fez com que eles se sentissem encurralados e ameaçados, tendo por reação o ataque.
Portanto, quando consideramos a vivência da ariranha na natureza, ela não demonstra agressividade aos seres humanos.
Inclusive, o animal pode ficar próximo de embarcações por curiosidade e nesta ocasião, nenhum ataque foi notificado.
Onde encontrar a Ariranha
Há alguns anos, a ariranha estava presente em quase todos os rios tropicais e subtropicais da América do Sul.
Mas, devido a destruição do habitat e a caça comercial, cerca de 80% das populações foram extintas.
Por esse motivo, podemos notar a presença de populações que vivem em locais isolados no nosso país, nas Guianas e também no Peru.
No Brasil, em especial, a distribuição dos indivíduos inclui os rios Negro e Aquidauana, no Pantanal e o médio Rio Araguaia.
Sendo assim, podemos citar áreas como o Parque Estadual do Cantão, com seus 843 lagos.
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Informações sobre a Ariranha no Wikipédia
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