Anzol, as vezes o pescador não tem uma preocupação com esse acessório. Embora, este artefato de metal é fator decisivo na pescaria. Aliás, se o pescador não fizer a melhor escolha, pode perde o seu peixão na pescaria.
Afinal, qual tipo de anzol é o mais adequado para sua pescaria? Preparei esse conteúdo para tirar algumas dúvidas.
Os modelos evoluíram muito com o passar do tempo. No passado, chegaram a produzir o artefato com madeira, ossos e até conchas. Entretanto, nos dias de hoje são confeccionados com excelentes materiais, que proporcionam melhores resultados.
Decerto, para ser considerado um bom anzol, deve conter algumas características, como por exemplo: ponta afiada, ser penetrante (fácil de fisgar). Conter a facilidade de reter o peixe quando fisgado, ser resistente e ter uma boa durabilidade.
Contudo, fica difícil encontrar todas as qualidades no mesmo modelo. Na hora da prática, priorizamos uma ou outra qualidade, conforme o tipo de pesca realizada. O foco do anzol pode mudar conforme a categoria de pesca realizada, sendo leve ou pesada.
Na pescaria de peixe grande, podemos dar um foco maior para a resistência, no entanto, para os peixes menores podemos adotar os anzóis que tenham uma melhor facilidade de fisgar o peixe.
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Fique ligado no tamanho do peixe para escolha do anzol
Antes de escolher o tamanho do anzol usado, identifique o tamanho do peixe que pretende capturar. É importante também conhecer as características desse peixe, como por exemplo: posicionamento da boca, hábitos alimentares, etc.
Usar um anzol muito grande, fora do normal, dificilmente o peixe conseguirá acomodá-lo na boca. Aliás, dependendo da espécie, ficará impossível de capturá-lo. O uso de anzóis pequenos são prejudiciais ao peixe. Pois podem engolir facilmente e danificar os órgãos internos como brânquias e estômago.
A numeração que define o tamanho é estipulado individualmente por cada fabricante. O fator de escala mais usado normalmente na pesca é da Mustad.
Existe uma particularidade em relação ao tamanho do anzol. Que é inversamente proporcional a sua numeração de descrição, isso, até o número 1, significa que o número 14 é menor que o número 1. A partir deste, a razão de tamanho é proporcional a numeração, acrescida do /0, ficando dessa forma o número 2/0 é menor que o número 6/0.
No mercado existe uma grande variedade fabricado em aço-carbono, aço inox e vanádio, com acabamento bastante diverso: em níquel, cromo, bronze, níquel escuro (preto), dourado, colorido, estanhado e outros mais.
A evolução no processo de afiação foi aperfeiçoado. Dessa forma, gerando pontas ultra afiadas através de processos mecânicos ou químicos. Assim os principais aspectos como pureza da matéria-prima, processo de forjamento, grau de maleabilidade e afiação ficaram entre os principais fatores a definirem a qualidade de um anzol.
Além da inovação em matérias-primas, a modernização alterou também seu formato. Gerando modelos específicos para determinadas espécies, iscas, ambientes, ou situações.
Os principais tipos de anzol, suas funções e as espécies indicadas
MAURSEIGO – Tipo de anzol
Bastante popular entre os pescadores, ou seja, esse modelo é indicado para pesca de muitas espécies. Possui uma haste longa, dificultando que a boca do peixe chegue próxima a linha.
Usado para a pesca com iscas artificiais, deixando sempre sua fisga sempre em evidência. Além disso, quando usado com iscas naturais o uso de Elastricot é aconselhado.
Muito utilizado na confecção de jig heads, com o chumbo acoplado na pesca em grandes profundidades. Assim sendo, usado pela maior parte dos pescadores de praia, pesqueiros e pesque pague. Isso pelo fato de ter ótima resistência para fisgar Pampos, Tilápias, Curimbatás, Betaras, entre outros.
A galera que participa de torneios e competições de pesca não abre mão desse tipo de anzol. Possui a ponta reta e afiada, ideal para confecção de chicotes na pesca de arremesso.
CHINU – Tipo de anzol
Fazendo uma comparação ao Maruseigo, o modelo Chinu tem uma curvatura maior e uma haste menor. Portanto, sua melhor indicação é para os peixes que apresentam uma boca menor, como por exemplo: os Pacus, Tambaquis e Tambacus.
Utilizados por muitos pescadores nas montagens com suport hook e jumping jig. Usados para a pesca de fundo. Por exemplo, usados nas iscas naturais ou até mesmo artificiais, aproveitando sempre a curvatura.
É um modelo versátil, utilizado em várias situações, como por exemplo: na pesca de praia, em canais ou nos tradicionais pesqueiros. A grande maioria dos famosos chuveirinhos são confeccionado com esse modelo muito usado para a pesca da Carpa-Cabeçuda.
WIDE GAP – Tipo de anzol
Muito conhecido como robaleiro, portanto, muito utilizado na pesca do Robalo. Principalmente com o uso de iscas vivias como o Camarão. Apresenta o corpo fino e o formato favorecendo que a isca permaneça viva por mais tempo, tornando assim, mas atrativa.
Este modelo também está sendo muito utilizado pelos pescadores de Corvina e Tucunaré na pescaria de água doce.
Fazem muito sucesso nos pesqueiros. Seja na pesca de fundo ou com auxílio de boias de arremessos, as famosas cevadeiras. Por exemplo, sua curvatura diferenciada facilita a utilização de rações naturais furadas. Além disso, as miçangas plásticas, que dificilmente escapam do anzol durante e após o arremesso.
CICLE HOOK – Tipo de anzol
Também conhecido como Anzol Circular. Apresenta uma fisga direcionada para dentro, ou seja, formando um ângulo perpendicular à haste. Devido a essa característica, normalmente o peixes são capturados pelo canto da boca.
Quando montado com pequeno empate de aço flexível e auxílio de um girador, têm grande eficácia na pesca de peixes redondos como o Tambaqui e de couro como a Pirarara.
No entanto, não esqueça da regra básica no momento da fisgada. O pescador deverá somente firmar a vara quando a isca for carregada, sem efetuar o ato de fisgar. Normalmente o peixe “fisga” sozinho.
Nos pesqueiros esse modelo de anzol é muito utilizado pelos pescadores pelo fato de não machucar o peixe. Da mesma forma, por ter a vantagem de não precisar de fisgar, bastando apenas esticar a linha quando o peixe carrega a isca.
Espessura do anzol
A resistência está ligado diretamente a sua espessura. Anzol fino é excelente para pesca de peixe com a boca mais frágil, como por exemplo, as carpas. Ou até mesmo peixes que tenham os lábios mais grosso.
Anzol fino fisga melhor e penetra com mais facilidade na boca do peixe, de tal maneira que machuca bem menos o animal. Além disso, o mais grosso são ideias para pescarias de médio e grandes peixes, como por exemplo: Bagres, Piraras, Jaús, Piraíbas, filhotes, dentre outros
Fisga do anzol
Se o pescador escolher por um anzol de fisga mais afiada, terá uma eficiência maior ao capturar o peixe. Além de favorecer o uso de linhas bem mais finas. Com isso, sua pescaria ficará mais esportiva e emocionante.
Formato do Olho do anzol
- Argola: modelo mais comum entre os pescadores, sendo possível amarrar com vários tipos de nós;
- Agulha: modelo muito utilizado na pesca oceânica;
- Pata: modelo que transmite maior sensibilidade à linha.
Cor
Embora essa não seja uma característica muito relevante, deve-se levar em conta como fator que pode influenciar na quantidade de ataques.
Alguns pescadores relatam que já jogou só a linha e o anzol sem isca na água e capturou o peixe. Isso acontece por causa da cor atrativa do anzol, que motivou o ataque do peixe.
Um fator importante é que nem sempre a cor está relacionado à qualidade do anzol.
Fique ligado no estado de conservação
Nuca despreze a conservação do seu anzol. Ele merece toda a atenção. Muitos pescadores utilizam anzóis enferrujados, em péssimo estado de conservação. O uso nessa condição pode ser muito perigoso, porque, no momento da fisgada, se for um peixe de grande porte, o anzol pode quebrar.
O anzol enferrujado também é um grande risco para o pescador. Um acidente no manuseio, tem grandes chances de infecção e até tétano.
Elo fundamental entre o peixe e o pescador
Na extremidade de toda a preparação técnica e investimento em equipamentos de pesca está o anzol. Escolher o modelo ideal para cada tipo de pescaria é a garantia de começar bem.
Os equipamentos de pesca evoluem a passos largos. Molinetes e carretilhas ganharam inúmeros recursos. Alguns modelos até com recolhimento elétrico ou controle digital. Varas são fabricadas com fibra de carbono de última geração. Passadores de ligas metálicas resistentes, mais leves.
O mesmo conceito é aplicado à linhas de multifilamento. Cada vez mais utilizadas em praticamente todas as modalidades. E as iscas artificiais nunca foram tão realistas e bem acabadas. Mas de nada adianta tanta tecnologia se não houver, entre o pescador e seu troféu, o elo mais importante: o anzol.
Acompanhando a evolução da própria humanidade, acredita-se que a confecção desse artefato simples, mas genial, já acontecia num período de pelos menos 20 a 30 mil anos atrás. Uma das dificuldades encontradas pelos arqueólogos para definir a idade exata dos primeiros anzóis foi o fato deles terem sido feitos com materiais rudimentares, como madeira, ossos e chifres, antes da chegada da era dos metais.
Os primeiros anzóis apareceram há pelo menos 20 mil anos, esculpidos com madeira, ossos e chifres.
Anzóis
Atualmente, há modelos com metalurgia em aço-carbono, aço inox e vanádio, com acabamento bastante diverso, com por exemplo: em níquel, cromo, bronze, níquel escuro (preto), dourado, colorido, estanhado e outros mais.
O processo de afiação foi aperfeiçoado, gerando pontas ultra afiadas através de processos químicos. Assim, aspectos como pureza da matéria-prima, processo de forjamento, grau de maleabilidade e afiação estão entre os principais fatores a definirem a qualidade de um anzol.
Além da inovação em matérias-primas, a modernização alterou também seu formato. Gerando modelos específicos para determinados ambientes, iscas, situações ou espécies.
Qual a escolha certa?
Não é uma pergunta simples. Como se vê, ela depende de uma série de variáveis. Aliás, devem ser analisadas para evitar más compras e surpresas desagradáveis, seja durante uma acirrada competição ou numa simples pescaria de lazer.
Usar anzóis de modelos ou tamanhos inadequados também pode causar injúria desnecessária ao peixe. Fator importante quando o pesque-e-solte é praticado.
A campo atrás da resposta, pesquisando as preferências de usuários e lojistas. Optamos por classificá-los da maneira popular como são conhecidos, independentemente da marca ou procedência. As sugestões a seguir são baseadas nos conhecimentos da equipe e nessa “pesquisa de mercado”. Com o objetivo de melhorar a produtividade das principais modalidades de pesca praticadas no Brasil, com foco nas espécies mais comuns em cada uma delas.
Para Lambari e Tilapia
O peixe responsável pelos primeiros passos de grande parte dos pescadores brasileiros é o Lambari.
Temos no país centenas de espécies genericamente chamadas por esse nome. Entre as mais pescadas e queridas em beiras rios, lagos e represas estão o Tambiú ou Lambari-de-rabo-amarelo, e o Lambari-guaçú ou Lambari-de-rabo-vermelho. Este pode chegar até 20 cm de comprimento. A despeito do tamanho, a pesca de lambari tem tamanha popularidade que um dos anzóis mais usados no Brasil é o pequeno “ponta de cristal” ou “mosquito”.
O bom anzolzinho, nos tamanhos 16 ou 18, remonta às lembranças da infância, lembrando quantas massinhas e lambaris já passaram por suas pontas.
Encontrado em diferentes marcar tradicionais, é muito conhecido pela numeração inversa ao tamanho, Aliás, regra válida para vários outros modelos, principalmente os de tamanho pequenos com procedência japonesa. Por exemplo, o número 10 é maior que o número 12, e assim sucessivamente.
Tão popular quanto o lambari é a estrangeira Tilápia. Amplamente introduzida em represas, lagoas, pesqueiros e até em alguns rios brasileiros.
Embora o peso médio das Tilápias fique entre 0,5 kg e 1 kg, algumas espécies, como a Tilápia-do-Nilo e suas variações, ultrapassam com facilidade 3 kg. Ocasionalmente batendo a casa dos 5 kg ou mais. Para elas, tanto o modelo Ponta de Cristal (12 a 14) quanto o Maruseigo (10 a 14) utilizados com sucesso.
Para pesca de Praia
O leque de opções de anzóis disponíveis para o pescador de praia é bastante extenso. Um peso-pena que ficou famoso na modalidade, inclusive em competições, foi o modelo Akita, também conhecido como “pescoço-de-ganso”.
A haste do tipo “patinha” dificulta um pouco sua amarração, mas proporciona excelente apresentação da isca. As séries da renomada fábrica Gamakatsu, nos números 7 a 9, continuam sendo muito utilizadas. A lista a seguir mostra os dez modelos mais usados na praia. Testados e indicados para diferentes tipos de peixes.
Maruseigo:
Também na praia, ele é o mais famoso e usado. Indicado para todos os tipos de peixes, na numeração 8 a 16.
Kairyo Hansure:
Anzol fino com fisgas afiadas. Igualmente usado para vários tipos de peixes. Quando grandes e brigadores exemplares são fisgados com esse modelo, é importante ter a fricção bem regulada, em razão de sua fragilidade.
Akita Kitsune:
Conhecido como “tortinho”, também é muito utilizado, especialmente para peixes pequenos como palombetas e farnangaios. Para estes, recomenda-se anzóis de tamanho 5.
Sode:
Anzol com ótima fisga. Também versátil para um grande número de espécies. É um dos preferidos para o esperto peixe-rei. Os tamanhos mais indicados são 3 e 4.
Shin-haze:
Anzol de haste longa que favorece a apresentação da isca e dificulta cortes de linha por baiacus. Também é conhecido como “anzol inteligente”, em virtude da tendência de virar para a lateral da boca no momento da fisgada.
Izumedina:
Anzol preto, reforçado, indicado principalmente para arraias.
260H ou “ponta de cristal”:
Fino e com fisga imbatível, muito usado para a pesca de pampos.
Wide Gap:
Anzol com desenho diferenciado e indicado para iscas vivas. Muito usado para os robalos, nos tamanhos 1 a 2/0.
Aji Sendou:
Conhecido como “unha-de-gato”, tem ponta levemente voltada para dentro. Contribuindo para que se mantenha afiada durante toda a pescaria.
Chinu:
Outro anzol versátil, muito usado pelos pescadores de praia para os mais diversos peixes.
Robalos
Entre as pescarias mais populares de nossas águas estuarinas e costeiras, está a do robalo com iscas naturais.
Nenhuma escolha de anzóis é unânime quanto nesse caso: sem dúvida, os modelos wide gap são declarados os campeões pelos “robaleiros”, tanto na pesca embarcada quanto na desembarca.
Sua haste fina é fundamental para o uso de iscas vivas. Mantendo as frágeis sardinhas e os camarões ativos por mais tempo. Seu formato, com vão largo e boa abertura entre a haste e a ponta, além de proporcionar fisgadas eficientes, evita consideravelmente os enroscos.
O anzol coringa
Bastante inspirado no formato wide gap, o anzol Maruseigo está entre os preferidos em várias modalidades de pescarias.
Seu olho tem grande abertura, facilitando as amarrações de linha. Com espessura relativamente grande, proporciona boa resistência em relação ao seu tamanho. O único inconveniente é quando do uso de iscas vivas mais sensíveis. Com eficiência comprovada, tem justificada sua fama de coringa na pesca.
Para pesque-e-pague
Nesse ambiente, as pescarias são quase sempre desembarcadas e em água doce. A variedade de peixes disponibilizadas nos pesqueiros, apesar de grande, possibilita razoável planejamento de acordo com a espécie ou modalidade visada.
Alguns modelos, como Maruseigo ou Chinu, utilizados nesses locais e comercializados com pequenas molas acopladas a suas hastes, para melhor fixação das massas de pesca. Os modelos listados a seguir cobrem 99% das necessidades de um frequentador de pesqueiros, seja ele ocasional ou assíduo.
Maruseigo:
Certamente um dos mais utilizados e eficientes. Recomenda-se a numeração 8 a 14 para varas lisas (telescópicas). E 16 a 22 para a pesca de arremesso, com encastoado se necessário. Atende bem à pesca de tilápias, carpas, peixes redondos, curimbatás e piaus, entre outros. Os tamanhos maiores utilizados para a pesca com iscas vivas.
Chinu:
Os tamanhos recomendados são 2 ou 4 para varas lisas, e 6 ou 8 para arremesso. São bastante usados na confecção de chuveirinhos para pesca de carpa-cabeçuda.
Anzóis circulares (circle hooks):
Montados com pequenos empates de aço flexível e auxílio de um girador. Têm grande eficácia na pesca de peixes redondos como o tambaqui e de couro como a pirara. Não se esqueça da regra básica de simplesmente firmar a vara quando a isca for carregada, sem fisgar. A numeração 2 a 2/0 atende à maior parte das necessidades.
Wide Gap:
O anzol “robaleiro” também faz sucesso nos pesqueiros, seja na pesca de fundo ou com auxilio de boias de arremesso (cevadeiras), para peixes vivos e outros tipos de isca. Sua curvatura diferenciada facilita a utilização de rações naturais furadas e também de miçangas plásticas, que dificilmente escapam do anzol durante e após arremessos. Os de número 1 a 2/0 são os mais utilizados nos tanques.
Anzóis de haste longa:
São bastante úteis por dispensarem o uso de empates metálicos, que podem afugentar os peixes mesmo quando são finos e flexíveis. As tilápias estão entre as espécies que comumente refugam os empates. Os tamanhos recomendados ficam entre 6 e 2/0.
Ponta de cristal:
É uma boa opção para o uso de iscas vivas, assim como o Wide Gap. Como a haste é fina, as iscas permanecem vivas e ativas por mais tempo. Anzóis com tamanhos entre 10 e 1/0 são suficientes para a maior parte das situações.
Ecologicamente corretos
Os anzóis circulares são responsáveis por uma grande mudança conceitual nas pescarias. A princípio, utilizados apenas na pesca profissional com grandes espinhéis de muitos quilômetros de extensão, os chamados “long lines”.
Como esse tipo de anzol dificilmente penetra nos órgãos internos dos peixes, sua fisgada normalmente ocorre no “canivete”, região de encontro entre os ossos das mandíbulas.
Assim, não há perda de tempo ou de material no manuseio do pescado, momento crítico quando os profissionais retiram suas linhas da água.
Na pesca, essa qualidade permite maiores índices de solturas sem fisgas fatais. Por isso, os adeptos do pesque-e-solte estão entre os maiores defensores desse modelo.
Nas pescarias com esse tipo de anzol, aconselha-se evitar fisgadas fortes. Basta firmar a vara para que o peixe se fisgue sozinho, no momento da tentativa de fuga.
Para Pantanal
Decerto, dois modelos de anzol despontam como os carros-chefe daqueles que rumam para as águas pantaneiras.
Enfim, quando o alvo é o pacu, os modelos têm haste curta e força suficiente para suportar os dentes robustos da espécie. Desse modo, os tamanhos mais utilizados ficam entre 2/0 e 4/0. Entretanto, os anzóis destinados a dourados e peixes lisos, na pesca com iscas vivas, têm formato de “J” e haste longa, com farpas.
Em suma, a finalidade desta é evitar que as iscas escapem do anzol. Além disso, os anzóis circulares também vêm sendo usados, com frequência cada vez maior, na pesca das espécies de couro.
Enquanto, para dourados, cacharas e pintados os tamanhos 7/0 e 8/0 são boas escolhas. No entanto, quando o peixe alvo é o jaú, os tamanhos podem chegar a 10/0. Dessa maneira o mesmo vale para as pirararas, na Amazônia.
Acima de tudo, qualquer que seja o modelo, ele deve ser bastante afiado para ter poder de penetração nas bocas resistentes das espécies existentes na região.
Sem enrosco
O mercado disponibiliza alguns modelos de anzóis com dispositivos anti-enrosco. Chamados de “weedless”, utilizados na pesca de tucunarés com iscas vivas.
Mesmo quando usados em meio às estruturas, os enroscos são raros. Alguns pescadores de black bass também optam por esse tipo de anzol para a pesca com minhocas suspensas (suspending) iscadas pelo meio do corpo, na modalidade conhecida com wacky.
Pesca vertical (jigging)
Entretanto, apesar da denominação “live bait” ser traduzida literalmente como “isca viva”, o anzol comercializado com essa denominação tem feito muito sucesso na pesca com jumping jigs no Brasil.
Sua utilização com support ou assist hook (anzol auxiliar) aumenta a eficiência das fisgadas na pesca vertical. Seja usando-o próximo à cabeça ou à cauda do peixinho metálico.
Além de suportar a pressão de grandes peixes, ele possibilita eliminar o uso da garateia, diminuindo consideravelmente as chances de enroscos.
Por certo a forma ideal de usar o supor hook é atando o anzol a linhas fortes, de multifilamento ou próprias para essa função. Com comprimento entre 1/3 e metade do tamanho da isca. Dessa forma, uma boa solução para trocas rápidas é prendê-lo diretamente no snap, e não na isca artificial.
Para iscas plástica
As soft baits são muito utilizadas na pesca do black bass. Usadas também para outros peixes de água doce, como por exemplo: as traíras e os tucunarés. Além disso, na água salgada para os robalos, prejerebas, garoupas e outros.
As minhocas e salamandras, por exemplo, estão entre as muitas iscas utilizadas com anzóis especiais. Eles possuem uma dobra na haste que permite que a isca se mantenha em posição natural. Mesmo com a ponta do anzol escondido, condições ideal para pescar entre as estruturas onde o peixe se esconde sem o risco da isca ficar presa.
Anzóis e Jigs
Em resumo, muitas iscas artificiais de fundo fazem uso de anzóis lastreados. Cabeças de chumbo ou outros metais compõem anzóis especialmente adequados para os jigs, shads e grubs.
Desse modo, seus pesos podem variar de poucas gramas a mais de meio quilo, como no caso dos grandes shads para garoupas.
De tal forma que alguns formatos têm a função de fazer a ponta do anzol permanecer virada para cima mesmo quando a isca está em repouso.
Enquanto, essa característica evita enroscos, muito comuns quando se pesca próximo de estruturas. Para atender a essa necessidade, deve-se atar a linha diretamente ao olho do anzol, sem o uso de presilhas (snaps). Dessa forma, a tensão na linha sempre manterá a isca na posição certa.
Empates de aço
Em suma, o empate forma, com o anzol, um conjunto indispensável nas pescarias em que o peixe alvo tem dentes cortantes.
Dourados, traíras, piranhas e cachorras estão entre os muitos predadores cortadores de linhas. Aços rígidos têm fixações simples ao anzol, bastando um alicate de bico com boa capacidade de corte.
Do mesmo modo que os aços recobertos com náilon utilize também luvas metálicas, serem fundidos através de aquecimento ou até atados por meio de nós especiais.
Em ambos os casos, é importante usar giradores. Ou seja, para corrigir as torções de linha causadas pelo giro das iscas naturais na correnteza ou durante o recolhimento das linhas.
Modelos de anzóis especiais
Existem modelos de anzóis com características fora dos padrões, destinados para finalidade específicas, como por exemplo:
Lastros auxiliares: fazem as iscas descerem com maior velocidade.
Modelos com argolas largas: facilitam a composição com amis anzóis (trailer hooks).
Arames de fixação: melhoram o desempenho das iscas plásticas.
Hastes e pontas curvas: fazem o anzol “girar” no momento da fisgada, aumentando sua eficiência.
Derrete na boca
Também seguindo os conceitos de conservação ambiental, dessa forma, cada vez mais os adeptos da pesca oceânica buscam minimizar o estresse aos grandes peixes das águas azuis.
Portanto, uma das formas menos traumáticas de liberar os agitados peixes oceânicos é simplesmente cortar a linha quando eles encostam ao lado da embarcação. Embora faça isso, somente na modalidade com iscas naturais.
Dessa forma, para que o anzol não provoque maiores ferimentos, para essa prática escolhemos modelos sem tratamento anticorrosivo. Ou seja, que se decompõem mais rapidamente. O meio marinho, somado ao suco digestivo do peixe, fará com que o anzol se dissolva em pouquíssimo tempo. Então, mesmo anzóis engolidos não trarão maiores danos aos peixes.
Créditos das imagens a Coleção Aprendendo a Pescar – Revista Pesca Esportiva.
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Veja também: Nós de pesca: Guia completo de nós mais usado por pescadores, acesse!
4 comentários
Ercelente artigo. parabéns.
muito esclarecedor
Obrigado pelo incentivo Carlos, estamos sempre publicando novos post sobre o universo da pesca, fique ligado!
Simplesmente fantástico os artigos, além da simplicidade na comunicação é extremamente técnico.
Parabéns!
Bom dia!
Não consigo pescar minha Tilápia elas estão todas velhaca e acostumadas com ração e milho etc.
Como faço para pegar elas na vara.